segunda-feira, 30 de março de 2009

Disciplina: Economia Política

Resenha sobre o texto “O Mundo Superpovoado” de Thomas Malthus.

A obra de Thomas Malthus “Ensaio sobre o Princípio da População” do final do século XVIII, pelo menos no que se refere aos tempos modernos, foi a semente de uma vasta literatura sobre uma das maiores preocupações do mundo contemporâneo que é a explosão populacional no mundo.
O princípio básico enunciado por Malthus, jovem clérigo inglês, é que a população aumenta muito mais depressa do que a produção de alimentos. Segundo Malthus “a população, quando não limitada, cresce numa progressão geométrica enquanto que a subsistência aumenta apenas em progressão aritmética”.
A sequência lógica do raciocínio de Malthus é que deve haver empecilhos constantes ao crescimento da população. O mais drástico de todos é a escassez de alimentos. Outros serão as atividades insalubres, o trabalho excessivo, a pobreza extrema, as doenças, o mau tratamento das crianças, as cidades grandes, as epidemias, a fome, os vícios, aos quais Malthus acrescentou mais tarde a “repressão moral”.
Segundo Malthus, se os seres humanos quisessem gozar a maior felicidade possível, não deveriam assumir encargos de família, a não ser que pudessem cumpri-los. Além disso, também na visão de Malthus, o político assistencial, como as leis sobre a pobreza, não deveriam encorajar a classe operária e outras classes pobres a trazer ao mundo filhos que não pudessem sustentar. A caridade, pública ou particular, não era aconselhável porque dava dinheiro ao pobre sem aumentar a quantidade de alimento disponível. Também eram desaconselháveis os asilos, porque tinham o efeito de estimular os casamentos prematuros, causando, por conseguinte um rápido aumento da população. Salários altos tinham efeitos semelhantes. De acordo com o ponto de vista de Malthus, a solução estava nos casamentos tardios e na “repressão moral”, isto é, na continência.
Segundo Malthus, qualquer projeto para melhorar a sociedade e aliviar a pobreza tinha probabilidade de acabar agravando os males que procurassem curar. As doutrinas de Malthus foram, todavia, recebidas com entusiasmo pelas classes ricas e os que detinham o poder na época. A pobreza das massas e outros desajustamentos sociais podiam agora ser atribuídos aos casamentos prematuros e ao número excessivo de filhos – em vez de o serem à má distribuição das riquezas.
Malthus acreditava que a prevenção de uma alta taxa de natalidade era cada vez mais praticada pelas nações, à medida que se tornavam mais civilizadas e bem educadas e adquiriam padrão de vida mais elevado.
Bonar, o principal biógrafo de Malthus, informa que ele foi o homem mais insultado da época amaldiçoado como o “homem que defendia a varíola, a escravidão e o infanticídio”, que denunciava a “sopa dos pobres”, o casamento de jovens e as esmolas paroquiais; que julgava o mundo tão mal dirigido que as melhores ações causavam os maiores males; que, em suma, despojou a vida de todo o seu encanto. No entanto Bonar defende Malthus afirmando que: “o que ele desejava de coração para a humanidade era uma taxa de mortalidade mais baixa para todos, um padrão de vida mais alto e meios de subsistência para os pobres, bem como o fim do desperdício de vidas jovens”.
Apesar de ter havido enormes aumentos na produção de alimentos desde a época de Malthus, centenas de milhões de pessoas na Ásia, África e outras regiões continuam a viver em estado de inanição. Quase dois terços da população atualmente vivem suportando desnutrição, fome, saúde precária e doenças, isto torna as proposições de Malthus tão reais e vitais hoje em dia como eram no século XVIII.


Abraços.

2 comentários:

  1. Passando para agradecer ao grupo de estudos as informações aqui prestadas.
    Agora é arrasar na prova.... rsrsr...
    bjs

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  2. quem tem o livro em pdf elementos de economia política de J.PETRELLI GASTALDE.

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